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Crimes virtuais afetam 42 milhões de brasileiros

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Em maio de 2012, o Brasil acompanhou um dos casos mais emblemáticos de crime cibernético cometidos no país.

hacker-okO Brasil ocupa lugar de destaque no cenário global de cibercrimes. Em 2016, 42,4 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes virtuais. Em comparação com 2015, houve um aumento de 10% no número de ataques digitais. Segundo dados da Norton, provedora global de soluções de segurança cibernética, o prejuízo total da prática para o país foi de US$ 10,3 bilhões.

Em maio de 2012, o Brasil acompanhou um dos casos mais emblemáticos de crime cibernético cometidos no país: o roubo e a divulgação de mais de 30 fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann. Hackers do interior de Minas Gerais e de São Paulo invadiram o e-mail da artista e a chantagearam, por meio de mensagens anônimas, pedindo R$ 10 mil para apagar as imagens. O caso foi parar no Congresso Nacional: a Câmara dos Deputados aprovou e colocou em vigor a Lei nº 12.737 – apelidada de Lei Carolina Dieckmann –, que tipifica delitos cometidos em meios eletrônicos e na internet.

Esse é apenas um entre muitos casos de crimes cibernéticos que ocorrem diariamente no Brasil e no mundo. O surgimento do termo “cibercrime” remonta ao fim da década de 1990, momento histórico no qual a internet se expandia pelos países da América do Norte. Após uma reunião em Lyon, na França, entre representantes das nações do G8, a palavra começou a ser utilizada para designar fraudes empreendidas em ambiente digital (seja na internet ou nas novas redes de telecomunicações).

“A cibercriminalidade não é diferente das infrações tradicionais: ela pode ser variada e ocorrer em qualquer hora ou lugar. O criminoso aplica diferentes recursos, conforme seus objetivos”, afirma Cláudio Felisbino, coordenador do curso de Segurança da Informação do Centro Tecnológico Positivo, em Curitiba (PR). Quando as fotos de Carolina Dieckmann foram espalhadas pela internet, os itens que diagnosticam e punem delitos virtuais compunham apenas um projeto que tramitava no Congresso. O escândalo, então, levou os deputados e senadores a agilizar o processo de aprovação da nova lei.

O texto da Lei Carolina Dieckmann determina que sejam punidas pessoas que cometam delitos de violação de senhas e invasão de computadores e outros dispositivos de informática. A obtenção de dados privados e comerciais sem consentimento do proprietário gera não apenas multas, mas também penas de três meses a dois anos de prisão. A aprovação da lei representa um salto para a Justiça no Brasil, cujo Código Penal carecia, até então, de artigos que abordam especificamente crimes eletrônicos. “A orientação básica para quem enfrenta alguma situação de crime cibernético, como ofensa, difamação e calúnia, é procurar ajuda especializada”, recomenda Felisbino. Segundo ele, os crimes digitais ocorrem em caráter de anonimato – por isso, o especialista, a partir das ferramentas adequadas, apura a autoria do delito, com base em pistas e nas informações repassadas pela vítima.

Fonte: IP News
http://ipnews.com.br/crimes-virtuais-afetam-42-milhoes-de-brasileiros/

De acordo com a consultoria, mais do que nunca, colaboradores precisarão atuar de forma integrada às decisões de negócios digitais

terça-feira, 6 de setembro de 2016

 

O aumento da presença digital nas empresas irá alterar significativamente o modo como os profissionais de segurança lidam com a proteção. Mais do que nunca, os colaboradores precisarão atuar de forma integrada às decisões relativas aos negócios digitais e trabalhar junto aos líderes empresariais para assegurar a segurança corporativa.

“Atualmente, a segurança consiste em termos uma abordagem holística de todos os seus aspectos. A segurança digital é a próxima evolução em cibersegurança para proteger essa abrangente presença digital”, afirma Earl Perkins, vice-presidente de pesquisas do Gartner, que projetou seis tendências dentro desse contexto.

  1. Busca do equilíbrio –“Enquanto a segurança vai para um estado integrado dentro de cada setor da empresa, os profissionais da área estão sob uma pressão cada vez maior para equilibrar o risco e a resiliência”, diz o executivo. A meta será equilibrar a gestão do risco com a necessidade crescente da capacidade de resposta e de requisitos de conceito aberto das empresas. Para equilibrar risco e resiliência, os profissionais de TI devem criar métodos que permitam formas mais rápidas para tratar problemas com segurança e que demonstre agilidade.
  2. Aceleração da geração de habilidades e convergência –“À medida que as tendências de segurança mudam, as empresas devem incorporar novos conjuntos de habilidades, tais como ciência de dados, automatização da segurança e a gestão da identidade onipresente”, destaca Perkins. Será um desafio encontrar todas essas pessoas e, assim, os serviços externos se tornarão cada vez mais importantes. Para seus funcionários atuais, as companhias devem identificar as habilidades faltantes e focar na criação de profissionais versáteis que sejam capazes de preencher esses diversos requisitos.
  3. Desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento digital de segurança –“Conforme o número de softwares envolvidos na cadeia de fornecimento tradicional cresce, as tecnologias digitais criam uma cadeia de fornecimento igualmente digital, usando serviços de cloud”, explica o analista do Gartner. Os profissionais de segurança devem desenvolver uma estratégia para a Nuvem pública, avaliar se a estratégia de Nuvem privada da empresa pode ser empregada e criar uma abordagem de controle do ciclo de vida da Nuvem. Finalmente, as empresas devem implementar essas estratégias gradativamente para que a segurança da Nuvem não se torne difusa com tantos operadores.
  4. Inclusão da arquitetura de segurança adaptável –“As empresas já têm uma infinidade de produtos relacionados à segurança, prevenção, detecção e resposta”, afirma Perkins. Os responsáveis pela segurança devem alterar sua mentalidade de resposta a incidentes para resposta contínua, gastar menos tempo na prevenção e investir mais na detecção e reação. As redes, de acordo com o contexto, são capazes de fornecer diversas fontes de informação que os profissionais da segurança podem usar para determinar um ataque. As companhias devem arquitetar uma segurança contínua e abrangente para fornecerem visibilidade para suas diferentes camadas para a segurança futura.
  5. Adaptação da infraestrutura de segurança –“Devido ao aumento da conectividade e da diversidade de dispositivos, diferentes tipos de rede que nunca haviam se interligado estão se conectando”, diz o analista. Como resultado, os profissionais da segurança precisam tomar decisões para equiparem os pontos de integração dessas redes. As empresas devem criar diretrizes para as áreas de confiança para a segmentação da rede e avaliarem as técnicas de descoberta para que estejam cientes das mudanças que ocorrem em nível físico. Além disso, como esta é uma área para onde a segurança móvel tem sido direcionada, as empresas devem melhorar seus conjuntos de habilidades de segurança para incluírem todos os meios de comunicação sem fio e observarem a indústria móvel para aprenderem a simplificar as camadas de segurança.
  6. Definição da administração e do fluxo da segurança de dados –“As empresas precisam de uma abordagem focada na política de uso, monitoramento e proteção, e agrupar a infinidade de tipos de produtos do mercado em distintos segmentos. Dessa forma, os profissionais podem trabalhar de forma eficaz na criação da arquitetura de segurança. É preciso começar a lidar seriamente com os tipos de dados e focar na proteção dos aparelhos e na criação de perfis do fluxo de dados para determinar a estratégia de segurança para Internet das Coisas. No geral, as empresas devem avançar em direção à lógica que inclui a governança e que mostra algum formalismo na segurança de seus dados”, afirma Perkins.

 

 

 

Fonte: http://computerworld.com.br/seis-tendencias-em-ciberseguranca-segundo-o-gartner